Professores da Rural discutem o futuro da baixada de Sepetiba

Jéssica Reis

Na manhã de terça-feira, 18, no Salão Azul, prédio principal (P1) da UFRRJ, professores da UFRRJ debateram “O Risco, a Dinâmica Climática e a Percepção de risco na baixada de Sepetiba, Rio de Janeiro”. A mesa-redonda foi organizada pela professora Regina Cohen e os palestrantes convidados foram os professores  Andrea Sampaio, Andrews Lucena e Décio Tubbs. O evento fez parte da Semana de Ciência e Tecnologia.

Sepetiba está sujeita a intervenções de estatais e de grandes empresas", revela Andrews

O professor Andrews Lucena chamou atenção para o crescente aumento das temperaturas mínimas, em todas as estações do ano em Sepetiba. A esse dado, atribuiu o crescimento da área urbana que, em 1990, teve o índice mais alto de calor. Utilizando as estatísticas climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET-RJ), Andrews alertou para o grande indicativo de impacto no solo em função de temperaturas elevadas. Segundo ele, a Terra está demorando a devolver a energia solar recebida, o que é um dos fatores do chamado aquecimento global.

A seguir, o diretor geral do Comitê Guandu, Décio Tubbs, discutiu a questão da gestão hídrica – as preocupações com a utilização da água nos municípios da Baixada Fluminense. Apontou os riscos de qualidade e de quantidade pelos quais o abastecimento de água está sujeito. Segundo o professor, o gerenciamento da água precisa de organismos coletivos como os comitês. A água é usada por agentes com interesses distintos e por isso necessita de decisões coletivas. Tubbs aconselhou a população a ficar de olho no marketing de sustentabilidade utilizado pelas empresas. Destacou que necessário mesmo seria olhar para os problemas de todos os municípios de maneira integrada.

No evento estavam presentes alunos e professores da universidade e também alunos da rede pública do município de Seropédica.