Na terça, 18, a I Semana de Comunicação Social (Comunicar) da UFRRJ concentrou-se no tema “Jornalismo diário: confluências entre impresso e internet”. Para falar do assunto, nesse segundo dia do evento, os estudantes contaram com a presença do superintendente de negócios do jornal O Dia, Henrique Freitas, do editor de cidade e polícia do Jornal Extra, Fábio Gusmão, e de Cristina Rego, professora do curso de comunicação da UFRJ.
Entre os assuntos discutidos, estiveram as características necessárias a um profissional de Comunicação. Henrique Freitas destacou a curiosidade, o empenho e a realização de uma boa apuração como essenciais ao trabalho jornalístico. Fábio Gusmão afirmou ser “ indispensável apurar as notícias à exaustão para não ser negligente.” Ainda sobre o assunto, foi proposta uma reflexão acerca da ética profissional e reforçada a conscientização sobre a relevância do jornalismo na construção da sociedade.
Muitas questões foram levantadas sobre a possível decadência do jornal impresso. Os palestrantes responderam que a maneira de se conversar com o público mudou, por isso, o jornalista necessita ser multiplataforma. Cristina Rego ressaltou que em qualquer meio, o comunicador precisa lembrar-se das diferentes categorias de leitores.
A reflexão prosseguiu em direção às contribuições da internet para o jornalismo. A professora da UFRJ despertou a curiosidade dos alunos ao distribuir pedaços de barbante para realizar uma atividade. Cristina pediu que, segurando constantemente as pontas do barbante, eles tentassem dar um nó. Dentro de 1 minuto, ninguém havia realizado a proeza. Então, a professora revelou que seria possível se alguém tivesse tentado cruzar os braços antes de segurar o barbante. A atividade serviu para demonstrar, segundo ela, que não pode haver desenvolvimento sem que esse fosse acompanhado de envolvimento. Dessa forma, ela confessou seu receio com o futuro de um jornalismo que, com o advento das novas mídias, pode ser desenvolvido e, ao mesmo tempo “des-envolvido”.
Finalizando a palestra, Henrique Freitas apontou que a solução para esse entrave é saber usar as ferramentas tecnológicas em benefício da notícia.